segunda-feira , 27 outubro 2025
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recuperação de áreas desmatadas pode gerar R$ 781 bi em receitas

Alta frequência de queimadas podem alterar a fitofisionomia do bioma; matopiba, Cerrado

O Bioma fechado tem 6 milhões de hectares desmatados que necessitam de recuperação, o que corresponde à metade da meta assumida pelo Brasil no Acordo de Paris, em 2015, de plantar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. Com a restauração da vegetação nativa em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal, a receita líquida
será de R$ 781,3 bilhões. Os dados são apresentados no estudo Quanto o Brasil precisa investir para restaurar o Cerrado?, divulgado nesta terça-feira (25) pelo Instituto Escolhas.

Considerado o celeiro do mundo e a caixa d’água do país, a recuperação do Cerrado pode ajudar o Brasil a atingir a meta climática produzindo alimento, gerando emprego e renda e recuperando as nascentes fundamentais para garantir água para a agricultura e as hidrelétricas.

Projeções e resultados para o Cerrado

A recomposição de Reserva Legal por meio de sistemas de produção madeireira pode resultar na produção de 942 mil metros cúbicos de madeira, enquanto restaurar APPs por sistemas agroflorestais pode produzir 26,6 milhões de toneladas de alimentos, o que demandará a produção de 3,7 bilhões de mudas. Com um investimento projetado de R$ 132 bilhões, a restauração do Cerrado vai gerar renda com a criação de 1,8 milhão de empregos.

A remoção de gases de efeito estufa da atmosfera pela recuperação da vegetação do Cerrado também foi calculada na pesquisa e atinge 2,38 bilhões de toneladas de CO2, o que equivale a todas as emissões do Brasil no ano de 2023. Os dados inéditos do Cerrado são um recorte atualizado do estudo ‘Os bons frutos da recuperação de florestas: do investimento aos benefícios’.

Importância do Cerrado

“O país tem a meta de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa e metade disso, seis milhões, está no Cerrado, que é o berço das águas do Brasil e o celeiro do mundo. Precisamos de uma estratégia de restauração produtiva que potencialize as vocações do bioma, recuperando nascentes, produzindo alimento e gerando emprego e renda. Nossos números mostram que isso é possível”, afirma Rafael Giovanelli, gerente de pesquisas do Instituto Escolhas.

“Apesar da meta ter sido assumida em 2015, dez anos depois, o país pouco avançou e vai chegar na COP30, em Belém, sem ter o que mostrar”, complementa.

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