O mercado de trabalho brasileiro registrou saldo positivo de 147 mil empregos com carteira assinada em agosto. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado representa avanço em relação a julho, quando foram abertas 134 mil vagas. No entanto, ficou abaixo do mesmo período de 2024, quando o saldo chegou a 239 mil postos. A diferença reflete os efeitos da desaceleração econômica e da taxa de juros ainda elevada, fatores que reduzem o ritmo das contratações.
Desempenho dos setores
Quatro dos cinco principais segmentos da economia fecharam agosto em alta. O setor de serviços liderou a geração de empregos, com 81 mil vagas criadas. Na sequência, vieram comércio (32,6 mil), indústria (19 mil) e construção civil (17,3 mil).
A agropecuária foi a única a registrar saldo negativo, com fechamento de 2,6 mil postos de trabalho. Especialistas apontam que o resultado pode estar ligado à sazonalidade da colheita e ao custo de produção mais alto em algumas regiões.
Resultados por estados
O saldo foi positivo em 25 das 27 unidades da federação. São Paulo liderou em números absolutos, com 45,4 mil vagas, seguido por Rio de Janeiro (16,1 mil) e Pernambuco (12,6 mil). Em termos proporcionais, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco foram os estados que mais cresceram.
No recorte por tipo de contratação, 75% dos empregos foram classificados como típicos. Entre os não típicos, ganharam destaque as vagas de jornadas reduzidas, principalmente na área de educação, e os contratos de aprendizagem.
Panorama anual de empregos
Nos últimos 12 meses, entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o saldo acumulado foi de 1,43 milhão de empregos formais. O número é inferior ao registrado no período anterior, quando o total superou 1,8 milhão.
O salário médio de admissão em agosto ficou em R$ 2.295, valor 0,56% acima do registrado em julho.














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