As projeções do mercado financeiro apontam nova queda na expectativa de inflação para este ano, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,80% para 4,72%, marcando a terceira semana seguida de recuo.
Inflação e crescimento
Para os próximos anos, o mercado mantém a expectativa de que o ritmo de alta dos preços continue diminuindo. A projeção para 2026 segue em 4,28%, enquanto as estimativas para 2027 e 2028 estão em 3,9% e 3,68%, respectivamente. Esses números indicam uma aproximação gradual da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional.
O crescimento da economia brasileira, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), permaneceu estável. A previsão é de alta de 2,16% em 2025, o mesmo percentual estimado há quatro semanas. Para 2026 e 2027, o mercado espera avanço de 1,8% e 1,83%, respectivamente, sinalizando um cenário de crescimento moderado.
Juros, câmbio e contas externas
A taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 15% ao ano para 2025. As projeções indicam cortes graduais nos próximos anos, chegando a 12,25% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028. Segundo o relatório, não houve mudanças no número de instituições que estimam esses valores, o que mostra estabilidade nas expectativas de política monetária.
No câmbio, a previsão para o dólar ficou em R$ 5,45 no fim deste ano. Para os anos seguintes, o mercado projeta R$ 5,50 em 2026, R$ 5,51 em 2027 e R$ 5,56 em 2028.
Já o déficit em conta corrente — saldo das transações do Brasil com o exterior — aumentou de US$ 68,16 bilhões para US$ 69 bilhões, enquanto o superávit da balança comercial caiu de US$ 64,4 bilhões para US$ 62 bilhões. O investimento direto no país segue estimado em US$ 70 bilhões, sem alteração.
Contas públicas
As expectativas para as finanças do governo foram mantidas. O mercado projeta dívida líquida equivalente a 65,76% do PIB em 2025. O resultado primário, que mostra a diferença entre receitas e despesas antes dos juros, segue em déficit de 0,5% do PIB. Já o resultado nominal, que inclui os juros da dívida, permanece em -8,5% do PIB.













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