Após o ICMBio divulgar que 11 ararinhas-azuis recapturadas na Bahia testaram positivo para circovírus, o Criadouro Ararinha-azul contestou a interpretação de risco iminente às “últimas ararinhas na natureza” e destacou que, até 2019, não havia nenhum indivíduo da espécie na Caatinga.
Quanto às 11 aves de vida livre capturadas, os exames mais recentes identificaram vírus detectado em 5 aves no total (3 do plantel e 2 das recapturadas), com divergência entre metodologias laboratoriais. Testes realizados apontam para 3 aves positivas, em contradição a outro teste que detecta o vírus para as 11 araras. Essas aves estão isoladas, e estão sem contato com outras araras, com separação de utensílios e profissionais.
Até o momento, o criadouro não teve acesso ao laudo técnico completo que Criadouro Ararinha-azul fundamenta a multa de R$1,8 milhão aplicada pelo ICMBio. Segundo a instituição, diante desse cenário de acusações consideradas infundadas e sem a apresentação dos laudos, a direção do criadouro informa que pediu acesso ao processo e uma reunião técnica com laboratórios e autoridades para reavaliar os exames.
Bem-estar animal
A instituição afirma seguir protocolos rígidos de biossegurança e bem-estar animal e conta com instalações e equipamentos adequados ao manejo das aves.
Segundo a instituição, a equipe de trabalho é formada por profissionais brasileiros e estrangeiros de alto nível, como médicos-veterinários e especialistas em manejo e reprodução de ararinhas-azuis, que trabalham há mais de 15 anos para a conservação dessa espécie, 24 horas por dia, 7 dias por semana, durante todo o ano, em um espaço de mais de 2,6 mil metros quadrados.
A direção do criadouro explica que as aves recebem alimentação balanceada, vivenciam um conjunto de práticas que melhoram o bem-estar físico e psicológico dos animais em cativeiro, têm assistência veterinária permanente e o manejo é feito em ambiente limpo e seguro.
O criadouro reafirma o seu compromisso com a transparência, a ciência e o bem-estar das aves, defendendo que todas as decisões sobre o caso sejam técnicas, proporcionais e orientadas à proteção da espécie e da população de ararinhas na Caatinga.














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