O mercado financeiro reduziu novamente as projeções para a inflação em 2025 e manteve um cenário de juros elevados e crescimento econômico moderado para 2026. Os dados constam no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central, com base nas expectativas de analistas do mercado.
Para 2025, a mediana das projeções do IPCA caiu para 4,36%, abaixo da estimativa de quatro semanas atrás. O movimento reforça a percepção de desaceleração gradual da inflação, ainda que o índice siga acima do centro da meta. Em 2026, a expectativa também recuou, passando para 4,10%, indicando um processo de desinflação mais consistente ao longo do próximo ano.
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Selic, PIB e dólar; O que esperar?
Apesar da melhora nas projeções inflacionárias, o mercado segue cauteloso em relação à política monetária. A Selic para 2025 permanece em 15% ao ano, refletindo a avaliação de que os juros devem seguir em patamar restritivo por mais tempo. Para 2026, a taxa básica é projetada em 10,50%, sem alterações nas últimas semanas.
No campo da atividade econômica, o crescimento esperado para 2025 ficou estável em 2,25%. Já para 2026, a projeção indica uma desaceleração, com o PIB avançando 1,80%. O cenário combina juros ainda elevados, crédito mais caro e ajustes fiscais, fatores que limitam um crescimento mais forte.
No câmbio, o mercado manteve as estimativas praticamente inalteradas. A projeção é de dólar em R$ 5,40 ao fim de 2025 e em R$ 5,50 em 2026. A leitura é de um real pressionado por incertezas fiscais internas e pelo cenário internacional, mas sem expectativa de movimentos bruscos no curto prazo.
Previsão para as contas externas
As contas externas seguem com saldo comercial positivo. A balança comercial deve fechar 2025 com superávit de US$ 62,85 bilhões e avançar para US$ 66,20 bilhões em 2026. Ainda assim, o déficit em conta corrente continua elevado, refletindo o ritmo de importações e remessas ao exterior.
Já no campo fiscal, a dívida líquida do setor público deve alcançar 65,97% do PIB em 2025 e subir para 70,27% em 2026. O resultado primário permanece negativo nos dois anos, o que mantém o tema fiscal no centro das atenções do mercado.
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