O Conselho Monetário Nacional regulamentou a nova linha de financiamento voltada à compra de caminhões para renovação da frota nacional. A medida autoriza operações de crédito de até seis bilhões de reais, com recursos operados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A linha foi criada por medida provisória publicada nesta semana e teve as regras detalhadas em reunião extraordinária do CMN, nesta sexta-feira (19). O objetivo é estimular a substituição de veículos mais antigos por modelos mais eficientes.
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Segundo o Ministério da Fazenda, a iniciativa não gera impacto fiscal primário. Os financiamentos são reembolsáveis, sem garantia da União, e o risco de crédito fica com as instituições financeiras que concederem os empréstimos.
Como vai funcionar o financiamento
A linha será operada exclusivamente de forma indireta pelo BNDES, por meio de bancos e agentes financeiros credenciados. Os recursos combinam o limite autorizado pela medida provisória com capital próprio do banco de fomento.
As operações poderão ser contratadas até trinta de junho de dois mil e vinte e seis. Cada mutuário poderá acessar financiamentos de até cinquenta milhões de reais, respeitando as condições estabelecidas na resolução.
O prazo máximo para pagamento é de sessenta meses, com possibilidade de até seis meses de carência. Durante esse período inicial, não será permitida a capitalização de juros, regra que limita o crescimento do saldo devedor.
Objetivos econômicos e logísticos
De acordo com a equipe econômica, a principal motivação da linha é a idade elevada da frota de caminhões em circulação no país. Veículos mais antigos tendem a gerar maiores custos de manutenção e consumo de combustível.
A renovação da frota é vista como um fator relevante para aumentar a eficiência logística, melhorar a segurança nas estradas e reduzir emissões de poluentes. Esses pontos têm impacto direto no custo do transporte de cargas.
O Ministério da Fazenda também destaca que a medida responde ao enfraquecimento recente do setor de caminhões. Ao longo de dois mil e vinte e cinco, a produção e as vendas registraram queda, refletindo o cenário econômico mais restritivo.
Especialistas do setor avaliam que o acesso a crédito com prazos mais longos pode ajudar empresas de transporte e produtores rurais a reorganizar investimentos. A expectativa é que a linha contribua para reativar parte da demanda, sem comprometer o equilíbrio fiscal.
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