As exportações brasileiras de panetone mantiveram trajetória de crescimento em 2025 e alcançaram US$ 20,6 milhões até novembro. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães Industrializados (Abimapi). Em relação ao ano anterior, houve alta de 2,8% em valor e de 4,4% em volume, com embarques de 5,1 mil toneladas.
O resultado supera o faturamento total registrado em 2020, mesmo considerando apenas os onze primeiros meses do ano. Segundo a Abimapi, o desempenho reflete uma estratégia mais estruturada das empresas brasileiras no mercado internacional.
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Estados Unidos lideram destinos
Os Estados Unidos permaneceram como o principal mercado para o panetone brasileiro. Até novembro, o país respondeu por US$ 11,2 milhões em compras. O avanço foi de 1,2% em valor e de 4,9% em volume, somando cerca de 3 mil toneladas.
Outros mercados também apresentaram crescimento relevante. O Paraguai ficou na segunda posição, com faturamento de US$ 1,7 milhão e aumento de 14,9%. O Peru registrou uma das maiores altas percentuais, com crescimento de 50,1% em valor e embarques de 300 toneladas. Japão e Canadá alcançaram US$ 800 mil cada, ambos com avanço em valor e volume. O México, que abriu mercado em 2025, respondeu por US$ 500 mil em exportações até novembro.
De acordo com Rodrigo Iglesias, diretor internacional da Abimapi, os resultados refletem um processo de aprendizado das empresas após a pandemia. Ele destaca a importância da participação em feiras e ações internacionais, com apoio da ApexBrasil, para definição de portfólio e estratégias de entrada em cada país.
Estratégias e perfil de consumo
Segundo a Abimapi, o panetone tradicional de frutas costuma ser a porta de entrada em mercados onde o consumo já é conhecido, como o Peru. Em países com forte presença de brasileiros, como Estados Unidos e Japão, há maior demanda por versões com chocolate e produtos recheados.
As empresas adotam diferentes modelos, combinando marcas próprias e produção para marcas estrangeiras.
Mercado interno também cresce
No Brasil, o consumo de panetones acompanhou o bom desempenho externo. O mercado movimentou R$ 1,2 bilhão, com crescimento de 29,6% em valor e de 7,3% em volume, segundo a NielsenIQ. Dados da Worldpanel by Numerator mostram que a penetração nos lares chegou a 62,9%.
O estudo aponta mudança no padrão de consumo, menos concentrado em dezembro. Houve avanço em meses como novembro e janeiro. O café da manhã passou a liderar as ocasiões de consumo, enquanto embalagens menores ganharam espaço entre consumidores mais jovens.
O canal atacarejo se destacou na atração de novos compradores, especialmente entre as classes de menor renda e o público com até 29 anos.
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