O Brasil vai trabalhar para baixar as tarifas sobre os setores e produtos que não foram excluídos do tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump. Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ainda dá para negociar. Ele participou nesta quinta-feira (31) do programa Mais Você, da Rede Globo.
O tarifaço dos Estados Unidos divulgado nessa quarta (30) deixou de fora cerca de 45% das exportações brasileiras; 20% estão no mesmo valor dos outros países. Outros 35% vão ter realmente taxas mais altas para entrar no mercado norte-americano, segundo o ministro. Esse vai ser o foco das negociações.
“Aqueles 35,9% que foram efetivamente atingidos pela tarifa dos 10 mais 40 que dá os 50, nós vamos lutar para diminuir. Nós não damos isso como assunto encerrado. Hoje a negociação crescerá. Quer dizer, não encerrou ontem. Ela começa – a negociação – mais forte agora.”
Diálogo com empresas
Alckmin tem dialogado com empresas brasileiras e americanas sobre o assunto. Afirmou que, nas conversas com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, viu espaço para negociações.
“Tem caminho, tem espaço porque é um perde, perde esse tarifaço. Os americanos vão pagar mais caro. vão pagar mais caro o café, vão pagar mais caro a fruta, vão pagar mais caro a carne. nos atrapalha em mercado, emprego e crescimento e encarece os produtos americanos.”
Sobre a proteção das empresas e dos empregos afetados pelo tarifaço, Alckmin disse que o plano está quase pronto:
“Nós tivemos ontem o tarifaço. Então, o presidente Lula vai bater o martelo, que isso tem algum impacto de natureza financeira, creditícia, tributária, mas terá um plano voltado. Ninguém vai ficar desamparado.”
O vice-presidente declarou que o presidente Lula deixa claro que a soberania é inegociável, mas que está aberto ao diálogo, e que um contato entre presidentes ainda precisa ser preparado.
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