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Após férias coletivas, tarifaço faz indústria da madeira iniciar demissões

Após férias coletivas, tarifaço faz indústria da madeira iniciar demissões

O setor de madeira processada já tem sentido o efeito do tarifaça anunciado pelo presidente Donald Trump. Empresas têm colocado trabalhadores em férias coletivas e promovido demissões. De acordo com a Abimci ( Associação Brasileira de Indústrias de Madeira Processada Mecanicamente), o setor emprega 180 mil pessoas e exporta 50% da produção nacional para os EUA.

A Sudati, empresa de compensados e MDF, demitiu 100 funcionários de duas unidades localizadas no interior do estado do Paraná. Em nota, a empresa diz que as demissões foram motivadas pelo cenário de incertezas causado pelo tarifaço.

“O atual cenário econômico tem exigido das indústrias maior eficiência e resiliência a uma demanda mais retraída até a definição de início de vigência ou negociação de tais tarifas. Após cuidadosa análise, a medida se mostrou necessária para garantir o equilíbrio financeiro e a sustentabilidade da operação, sem comprometer os compromissos com clientes, fornecedores e parceiros”.

Férias coletivas

Outras empresas do setor têm trabalhadores em férias coletivas. É o caso da Brasilpine que tem 1500 dos 2500 empregados em férias coletivas. Em nota, o CEO da empresa, Eduardo Loges, disse que a decisão foi estratégica e tem como intenção a proteção de empregos e a continuidade da companhia a longo prazo.

O mesmo caminho foi adotado pela Millpar que decidiu dar férias coletivas de 15 dias a 640 funcionários da unidade de Guarapuava, na região dentral do Paraná. Todos os funcionários temporariamente afastados são do setor de manufatura de produtos exportados. Segundo a assessoria, a empresa cogita estender a medida a mais trabalhadores, a depender do desenrolar da situação nos próximos dias.

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Para a Abimci, é fundamental prorrogação do prazo para implementação da tarifa e a não aplicação de reciprocidade por parte do governo brasileiro

“Ressaltamos, a importância de um pedido de prorrogação do prazo para a implementação das tarifas — essencial para ajustes contratuais e logísticos —, assim como enfatizamos sobre a não aplicação da reciprocidade tarifária, que poderia ser interpretada como retaliação ao governo norte-americano, fato que certamente dificultaria ainda mais o diálogo”, diz trecho da nota da Abimci.

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