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China alerta Trump sobre reativação de taxas e ameaça retaliar acordos em cadeia de suprimentos

Donald Trump e Xi Jinping apertam as mãos

A China emitiu um alerta ao governo Trump, advertindo contra a reativação de tarifas sobre produtos chineses a partir do próximo mês e ameaçando retaliar países que firmarem acordos com os Estados Unidos para excluir a China de suas cadeias de suprimentos. O recado foi transmitido por meio de um editorial do jornal oficial People’s Daily, assinado sob o pseudônimo “Zhong Sheng”, usado para expressar a posição do governo chinês em política externa.

O presidente Donald Trump iniciou na segunda-feira o envio de notificações a parceiros comerciais sobre a imposição de tarifas significativamente mais altas a partir de 1 de agosto. No caso da China, que chegou a ser alvo de tarifas superiores a 100%, Pequim tem até 12 de agosto para negociar um acordo e evitar a reinstauração de restrições adicionais impostas durante as trocas de tarifas em abril e maio.
Após um acordo provisório firmado em junho entre Washington e Pequim, que trouxe uma trégua frágil à guerra comercial, ainda há incertezas quanto aos detalhes do entendimento. Investidores e operadores dos dois lados do Pacífico acompanham com cautela, atentos à possibilidade de o pacto desmoronar ou evoluir para uma solução duradoura.

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O editorial do People's Daily enfatizou que "diálogo e cooperação são o único caminho correto" para resolver as tensões comerciais, reiterando a visão de Pequim de que as tarifas de Trump representam "bullying". O texto reforçou que apenas a defesa firme de princípios pode garantir os direitos e interesses legítimos do país. Segundo o Instituto Peterson de Economia Internacional, a tarifa média dos EUA sobre exportações chinesas está em 51,1%, enquanto a tarifa média chinesa sobre produtos americanos é de 32,6%, cobrindo praticamente todo o comércio bilateral.
A China também criticou países da região que buscam acordos tarifários com os EUA que a
excluam das cadeias produtivas. O caso mais recente foi o do Vietnã, que conseguiu reduzir sua tarifa para 20% em um acordo, mas aceitou que mercadorias "transbordadas" vindas da China sejam taxadas em 40%. O governo chinês deixou claro que "se tal situação ocorrer, a China não aceitará e responderá de forma resoluta para proteger seus interesses legítimos".

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