O Cômite de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano nessa última quarta-feira (10), decisão criticada por setores da economia, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta haver evidências robustas para o início do ciclo de redução dos juros.
Enquanto isso não acontece, o consórcio cresce e se transforma em modalidade cada vez mais atrativa ao produtor rural no financiamento da atividade agrícola. De acordo com a gerente de produtos e negócios do Sicredi, Raquel Goetz, a insituição já conta com planos diferenciados para homens e mulheres do campo, com planos de pagamentos semestrais ou até anuais, conforme o calendário da safra.
Segundo ela, o modelo vem crescendo de forma consistente no país. Até o momento, já foram comercializados mais de R$ 423 bilhões em cartas de crédito, número 34% superior ao alcançado em comercializações em 2024.
“Deste montante, R$ 21 bilhões foram utilizados para aquisição de máquinas e equipamentos, o que já representa 5% do total de créditos comercializados”, detalha. Segundo a especialista, a taxa Selic elevada contribui para o aumento de compra de consórcios, mas não é um fator decisivo.
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“O consórcio tem se mostrado muito resiliente também em momentos de baixa de juros porque é uma forma planejada e organizada de aquisição de bens, onde não se tem incidência de juros, mas sim a atribuição de uma taxa de administração que é cobrada durante todo o plano”, conta.
Raquel complementa lembrando que o consórcio também não tem a incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Hoje, para se ter noção, se a gente comparar uma parcela de um financiamento imobiliário com uma parcela de consórcio, muitas vezes pode-se ter uma parcela que chega a ser 40% menor nos planos de consórcio”, ilustra.
Segundo a gerente do Sicredi, a versatilidade do consórcio está cada vez maior. “Hoje a gente pode adquirir tanto imóveis rurais quanto imóveis urbanos, aquisição de silos pode ser feita através do produto, ampliação de pavilhões, assim como aquisições de máquinas, equipamentos agrícolas, tratores, caminhões. E tem, também, uma aquisição bem curiosa que é a drones para o controle de pragas e para acompanhar o crescimento da propriedade”, conta.
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