terça-feira , 11 novembro 2025
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Copom sinaliza Selic em 15% por período prolongado para conter inflação

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou que manter a taxa Selic em 15% por um período prolongado é suficiente para levar a inflação à meta. A avaliação consta na ata da reunião de novembro, divulgada nesta terça-feira (11). O colegiado afirmou que seguirá vigilante e pode retomar o ciclo de alta dos juros, caso o cenário exija.

Estratégia e projeções de inflação

Segundo o documento, a taxa atual é compatível com o processo de convergência da inflação, mesmo em um ambiente de incertezas. O Copom repetiu as projeções apresentadas no comunicado anterior: inflação acumulada em 12 meses de 4,6% em 2025, 3,6% em 2026 e 3,3% no segundo trimestre de 2027. Todas as estimativas estão acima do centro da meta de 3%.

A projeção considera a desaceleração dos preços livres — de 4,5% neste ano para 3,2% no horizonte relevante — e redução dos preços administrados, de 5% para 3,5%. O cenário de referência utiliza dados do relatório Focus de 3 de novembro, câmbio inicial de R$ 5,40 e bandeira amarela de energia elétrica em dezembro de 2025 e 2026.

Impacto fiscal e política monetária dos EUA

A ata também trouxe a primeira estimativa do impacto da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda sobre a economia. O comitê classificou o cálculo como preliminar e incerto, destacando que continuará acompanhando os dados para avaliar seus efeitos. O Banco Central destacou ainda que medidas recentes de estímulo fiscal e crédito não alteraram de forma relevante o cenário inflacionário.

No campo externo, o Copom apontou que o cenário global segue incerto. O shutdown nos Estados Unidos, que paralisou parte das atividades do governo, dificulta a leitura sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve. O comitê também destacou os riscos ligados ao aumento dos gastos fiscais em diversos países e à volatilidade do câmbio.

De acordo com o colegiado, diante das incertezas internas e externas, a política monetária brasileira deve continuar cautelosa, com foco em garantir a estabilidade de preços e a convergência da inflação à meta.

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