As exportações do agronegócio de São Paulo somaram US$ 26,35 bilhões nos onze primeiros meses de 2025. No período, as importações alcançaram US$ 5,28 bilhões, resultando em um superávit de US$ 21,07 bilhões. O setor respondeu por 40,6% de tudo o que o estado vendeu ao exterior e por 6,6% das compras internacionais paulistas.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, o resultado reflete a atuação dos produtores e o ambiente regulatório do estado. Segundo ele, a expectativa para o fechamento da balança de 2025 permanece positiva.
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Principais grupos exportados
O complexo sucroalcooleiro permaneceu como o maior componente das vendas externas, com US$ 8,2 bilhões, equivalentes a 31,3% do total exportado pelo agro paulista. O açúcar respondeu por 93% desse valor, enquanto o etanol representou 7%.
As carnes ocuparam a segunda posição, com US$ 4 bilhões e participação de 15,2%, sendo a carne bovina responsável por 85,1% da receita do grupo. Em seguida, os produtos florestais somaram US$ 2,7 bilhões (10,5%), impulsionados por celulose e papel.
Os sucos registraram US$ 2,6 bilhões (9,9%), quase totalmente vinculados ao suco de laranja (97,8%). O complexo soja somou US$ 2,2 bilhões (8,6%), com destaque para a soja em grão, que respondeu por 78,3% das vendas. O café ficou na sexta posição, com US$ 1,6 bilhão (6,2%).
As variações em relação a 2024 mostraram avanços em café (+39,2%), carnes (+24,1%) e complexo soja (+1,3%), enquanto sucroalcooleiro, produtos florestais e sucos registraram recuos.
Destinos e efeitos das tarifas
A China manteve a liderança entre os compradores, com 24,4% de participação e demanda puxada por soja, carnes, açúcar e produtos florestais. A União Europeia representou 14,3% e os Estados Unidos, 11,8%.
As tarifas impostas pelos EUA a partir de agosto reduziram as exportações paulistas ao país, com quedas sucessivas entre agosto e novembro. Segundo Carlos Nabil, diretor da Apta, parte dessas perdas foi compensada por embarques para China, México, Canadá, Argentina e União Europeia.
Ele afirma que a retirada das tarifas anunciada em 20 de novembro pode reequilibrar o fluxo de vendas, ainda que a normalização dos contratos leve alguns meses.
Participação no agro nacional
O agronegócio paulista respondeu por 17% das exportações do setor no Brasil entre janeiro e outubro, ocupando a segunda posição no ranking nacional, atrás de Mato Grosso (17,3%). Para 2026, Nabil avalia que o desempenho dependerá das condições das principais cadeias produtivas e das projeções de cada safra.
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