As vendas externas do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 15,49 bilhões em outubro de 2025, maior valor já registrado para o mês. O resultado representa crescimento de 8,5% na comparação anual e confirma o movimento de estabilidade em torno de US$ 15 bilhões observado ao longo do segundo semestre.
O avanço é sustentado pelo aumento de 10,1% no volume embarcado, mesmo com leve queda de 1,4% nos preços médios internacionais. As importações somaram US$ 1,79 bilhão, resultando em superávit de cerca de US$ 13,7 bilhões.
Soja, carnes e açúcar impulsionam o resultado
Os principais segmentos da pauta exportadora tiveram desempenho positivo em outubro. Soja em grãos, carne bovina, açúcar, café, milho, celulose, carne de frango e carne suína registraram recordes de valor ou volume para o mês. Especialistas ouvidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atribuem o movimento à boa oferta interna e ao aumento da demanda internacional.
A China segue como principal destino e respondeu por US$ 4,95 bilhões, impulsionada sobretudo pela compra de soja e carne bovina. União Europeia e Estados Unidos aparecem na sequência, acompanhados por mercados como Egito, Índia e Irã, que reforçam a diversificação das vendas para Ásia, Oriente Médio e Norte da África.
Novas oportunidades
Além dos produtos tradicionais, outubro registrou crescimento expressivo em segmentos menos representativos da pauta. Itens como amendoim, café solúvel, sementes de oleaginosas (exceto soja), feijões secos, rações para animais de estimação, pimenta seca, miudezas e sebo bovino alcançaram recordes mensais em valor ou volume.
Técnicos do Ministério da Agricultura destacam que a abertura de 28 novos mercados em outubro contribuiu para ampliar a demanda por esses nichos. A iniciativa integra a estratégia de diversificação conduzida em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, com foco em ampliar as oportunidades de exportação para empresas de diferentes portes.
No acumulado de janeiro a outubro, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 141,97 bilhões, alta de 1,4% na comparação anual. As importações somaram US$ 17 bilhões, aumento de 4,9% ante 2024. O saldo comercial chegou a US$ 124,97 bilhões, ligeiramente acima do registrado no mesmo período do ano anterior.













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