O Comitê Interministerial Sobre Mundança do Clima (CIM), do governo federal, aprovou nesta segunda-feira (15) o Plano Clima, documento estratégico que vai nortear, executar e acompanhar as ações do Brasil voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa. A iniciativa estabelece diretrizes para a transição do país rumo a uma economia de baixo carbono.
Entre os principais objetivos do plano está a neutralização das emissões de dióxido de carbono (CO₂) até 2050. Além disso, o documento prevê medidas para ampliar a capacidade de adaptação do país aos impactos das mudanças climáticas, com estratégias organizadas em horizontes de curto, médio e longo prazos.
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O Plano Clima também fixa metas intermediárias. Até 2035, a proposta é promover uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo em que prepara sistemas produtivos, sociais e ambientais para lidar com eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes.
Em nota divulgada no sábado (13), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou que o plano tem como finalidade orientar, estimular, implementar e monitorar ações integradas voltadas à neutralidade de emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Segundo a pasta, a estratégia busca conciliar sustentabilidade ambiental e desenvolvimento econômico.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a construção do Plano Clima para o setor agropecuário ocorreu de forma responsável e transparente, com participação do setor produtivo e da sociedade. De acordo com ele, o processo foi pautado pelo diálogo e pela clareza nas negociações.
Segundo o Mapa, o plano propõe a adaptação de sistemas humanos e naturais às transformações do clima, com base em princípios de desenvolvimento sustentável e justiça climática. As ações estão organizadas em planos setoriais específicos de mitigação e adaptação, que abrangem diferentes áreas da economia.
A versão inicial do Plano Clima, no entanto, gerou reações negativas no campo. Representantes do setor produtivo manifestaram preocupação em relação às responsabilidades atribuídas à agropecuária nas emissões de gases de efeito estufa.
Em outubro, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues fez críticas públicas ao documento em elaboração. Para ele, é inadequado atribuir ao produtor rural responsabilidades por crimes ambientais quando a produção ocorre dentro da legalidade.
“Não podemos aceitar que crimes ambientais sejam colocados na conta de quem produz dentro da lei. Isso é injusto e prejudica a imagem do Brasil no mercado internacional”, afirmou Rodrigues na época.
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