A inadimplência entre produtores rurais brasileiros alcançou 8,1% no segundo trimestre de 2025, segundo levantamento da Serasa Experian, divulgado nesta quarta-feira (12). O índice, que considera dívidas vencidas há mais de 180 dias, mostra alta de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,1 ponto frente ao mesmo período de 2024.
Financiamentos do setor agro têm baixo nível de atraso
De acordo com o estudo, as instituições financeiras concentram a maior parte das dívidas dos produtores, com inadimplência de 7,2%. Já os débitos diretamente ligados ao setor agro e a atividades correlatas — como comércio atacadista, serviços de apoio e revenda de insumos — representam apenas 0,3% e 0,1%, respectivamente.
Segundo o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, o dado mostra que o crédito originado dentro da própria cadeia agro apresenta um comportamento mais saudável. “Quando se observa apenas o setor agro, o índice de atraso é muito inferior à média geral”, afirmou.
Nenhum AgroScore restante indica cautela no campo
O levantamento também apontou redução na pontuação média do AgroScore, ferramenta que mede o perfil de crédito do produtor rural. A média caiu de 644 pontos no segundo trimestre de 2024 para 605 no mesmo período deste ano. A variação, observada em todas as faixas de produtores, indica maior prudência nas operações e reforça a importância do uso de dados para decisões de crédito mais seguras.
Pimenta explica que o uso de inteligência de dados pode ajudar a prevenir o endividamento no campo. “A análise detalhada do comportamento financeiro permite compreender riscos e ajustar o crédito de forma mais eficiente”, destacou.













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