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Indústria do pescado solicita crédito emergencial para mitigar efeitos do tarifaço

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Um pedido para que o presidente Lula crie uma linha emergencial de crédito voltada às indústrias exportadoras de pescado foi protocolado nesta segunda-feira (21) pela Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca).

A proposta prevê que o governo aporte R$ 900 milhõesfornecendo ao setor seis meses de carência e prazo de 24 meses para o pagamento.

Para a entidade, essas ações têm como objetivo mitigar os impactos imediatos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros do setor.

“O mercado norte-americano representa cerca de 70% do destino do pescado exportado pelo Brasil. Com a nova taxação, estima-se que cerca de R$ 300 milhões em produtos estejam parados entre pátios portuários, embarcações e unidades industriais”, destaca a nota.

Segundo a Abipesca, o setor enfrenta uma grave crise de capital de giro, já que não há como redirecionar essa produção ao mercado interno — que já se encontra abastecido e não absorve os cortes específicos voltados à exportação.

“Caso não haja uma resposta rápida, 35 indústrias e aproximadamente 20 mil trabalhadores, incluindo pescadores artesanais, podem ser impactados com cortes e paralisações”, reforça.

Reabertura da Europa ao pescado brasileiro

No documento protocolado, a Abipesca também solicita que o governo federal intensifique as negociações para reabertura do mercado europeu, fechado às exportações brasileiras de pescado desde 2017.

“Apesar dos avanços técnicos, a entidade avalia que a elevação do tema ao nível presidencial pode acelerar a retomada desse importante destino comercial”, diz a entidade.

Segundo o presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, o setor está sem alternativa no curto prazo. “Sem crédito, não há como manter os estoques, honrar compromissos e preservar os empregos. Essa linha emergencial é crucial para evitar um colapso imediato e dar fôlego até que se encontre uma solução duradoura”, afirma.

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