A JBS já investiu mais de R$ 35 milhões no rastreamento de gado e no apoio a pequenos produtores no Pará, como parte de um programa estadual pioneiro que tem como meta rastrear todo o rebanho de bovinos e búfalos da região até o fim de 2026. O balanço das iniciativas da JBS foi apresentado durante a “Expedição ao Mercado Sustentável de Carne e Couro do Pará”, evento promovido pela The Nature Conservancy (TNC) Brasil.
O programa estadual envolve uma coalizão formada por governo, produtores, sociedade civil e indústria. Como parte das ações, a JBS já alocou US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 27 milhões) em seu Programa Acelerador de Rastreabilidade, que tem por objetivo estimular a adoção dos tags para o rastreamento dos animais pelos fornecedores indiretos da companhia, incluindo a doação de 2 milhões de brincos para produtores e de 175 leitores para a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).
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O foco inicial do Acelerador está no Sudeste do Pará, na região entre Marabá e Santana do Araguaia. As equipes da JBS e seus parceiros vão a campo para identificar e visitar as fazendas para realizar o trabalho com operadores de rastreabilidade treinados e credenciados pelo Estado do Pará. Os leitores doados pela empresa registram os dados dos brincos de identificação individual dos animais, permitindo o monitoramento de cada bovino no estado, que tem o segundo maior rebanho do país.
“Nossas ações foram preparadas para dar escala ao programa estadual ao apoiar fornecedores diretos e indiretos, com capacidade de alcançar até 2 milhões de tags para o rastreamento de rebanhos. Essa fase é crucial para superar gargalos e testar em escala as ferramentas e soluções de rastreabilidade disponíveis”, afirmou Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS, durante o evento.
Em parceria estratégica com a Adepará e a TNC, o Programa Acelerador de Rastreabilidade JBS já conta com empresas parceiras para as operações de campo. A expansão futura prevê outras regiões do estado, como o Sudoeste (Altamira, Anapu e Pacajá), o Baixo Amazonas (Belterra e Santarém) e o Marajó. Há também interesse em replicar o modelo em outros estados.
A JBS também direcionou uma parte significativa do seu investimento para os Escritórios Verdes no Pará: o programa recebeu, desde 2021, US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 10 milhões). Eles oferecem suporte gratuito e especializado para a regularização ambiental de propriedades rurais, com um foco especial nos pequenos produtores.
O objetivo principal dos Escritórios Verdes JBS é auxiliar os produtores desde o registro até a validação no Cadastro Ambiental Rural (CAR), promover a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), quando for o caso, apoiar o levantamento de embargos e a requalificação comercial de produtores não conformes. Além disso, conectam os produtores a programas de requalificação comercial, como o Sirflor e o Reconecta Pará.
No estado, a JBS conta com 4 escritórios físicos localizados na região sudeste (Santana do Araguaia, Redenção, Tucumã e Marabá). A regularização é acelerada através da Plataforma de Territórios Sustentáveis (PTS) em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Desde 2024, os escritórios também oferecem assistência técnica e gerencial aos produtores (EV 2.0).
Nacionalmente, os resultados são expressivos: desde o início do programa Escritórios Verdes JBS, em 2021, 18.042 fazendas já foram regularizadas e 7.005 hectares estão em processo de restauração florestal.
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