O presidente Lula recebeu, nesta quarta-feira (9), no Palácio do Planalto, o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, para uma reunião que tratou do incremento dos negócios entre os dois países, além de temas como política global, os conflitos na Faixa de Gaza e a guerra entre Rússia e Ucrânia.
A Indonésia é um dos principais parceiros do Brasil no continente asiático. Em 2024, o comércio entre as duas nações alcançou US$ 6,3 bilhões, ou mais de R$ 30 bilhões. Subianto disse que pretende ampliar a pauta de exportação entre os países, especialmente nas áreas do agronegócio, aviação civil e defesa.
“Nós realmente podemos nos beneficiar, não somente no comércio, na indústria, mas em muitos outros campos na agricultura, o Brasil tem a alta tecnologia, um excelente exemplo de ponta no uso de biocombustíveis e também inovação no campo da agricultura, a produtividade brasileira, que realmente beneficiaria a Indonésia se começarmos a aprender da experiência do Brasil.”
O presidente da Indonésia declarou ainda que muitos acordos de parcerias ficam só no papel, mas que agora há muitos interesses em comum, além de recursos disponíveis. A Indonésia já é o quinto maior destino dos produtos do agronegócio brasileiro.
Os líderes também se mostraram alinhados na defesa do diálogo para encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia. Sobre o conflito na Faixa de Gaza, o presidente Lula voltou a criticar as ações de Israel, que classificou como “atrocidades”, e pediu o reconhecimento do estado palestino na ONU”.
“Assim como o Brasil, a Indonésia sempre defendeu que o diálogo é a única saída para a guerra na Ucrânia.”
Lula comentou ainda sobre as semelhanças entre o Brasil e Indonésia, que formam duas das maiores democracias do mundo, e têm uma grande diversidade étnica. E destacou que o país asiático, há 70 anos, já levantava a bandeira por uma ordem internacional mais justa.
“Na conferência de Badung, a Indonésia já empunhava a bandeira da luta por uma ordem internacional mais justa. Ouvi atentamente quando o presidente Prabowo criticou na cúpula dos BRICS que o direito internacional esteja sendo subjugado pela força”.
O encontro com o presidente Lula ocorreu na sequência da participação do presidente indonésio na XVII Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 6 e 7 de julho.
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