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ONU aumenta verba para hospedar países em Belém

COP30, Belém, Pará, COP, COP28

A menos de dois meses da COP30, que será realizada em Belém, a Organização das Nações Unidas (ONU) aumentou o valor pago a países em desenvolvimento para custear hospedagens durante a COP30, em Belém. O objetivo é viabilizar a participação das delegações no encontro sobre mudanças climáticas, marcado para novembro. Até agora, apenas 40% das reservas foram confirmadas.

A medida, no entanto, ainda não resolveu a crise de acomodações. Até agora, 79 países já reservaram hospedagem em Belém por meio da plataforma do governo ou de articulações próprias. Outros 70 ainda negociam, o que deixa a organização distante da meta de 196 delegações.

O secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, avaliou que houve progresso, mas reforçou que “ainda há mais a ser feito”, segundo nota divulgada pela Secretaria Extraordinária para COP30 (Secop).

Brasil considera apoio insuficiente

Apesar do aumento, o governo brasileiro avalia que o valor segue abaixo da média praticada em outras capitais. Além disso, o valor não cobre os custos locais, o que pressiona ainda mais a organização. Como comparação, em Bonn, na Alemanha, sede de uma das conferências preparatórias da ONU, a diária subsidiada chegou a US$ 400.

Diante desse cenário, o Brasil pediu à ONU uma taxa emergencial para a COP30, de forma a facilitar a participação de países em desenvolvimento. O governo, no entanto, rejeitou a proposta de subsidiar hospedagens com recursos próprios. A secretária executiva da Casa Civil, Míriam Belchior, afirmou que o país já arca com despesas significativas para realizar o evento e não cabe transferir esse custo para os brasileiros.

Pressão por hospedagens continua

A crise de hospedagens ganhou força em agosto, quando 29 países enviaram uma carta pedindo a mudança da sede da COP30. Naquele momento, menos de um quarto das delegações tinha garantido acomodação.

Para tentar contornar o impasse, a ONU sugeriu que o Brasil bancasse parte dos custos de hospedagem, mas o governo descartou a hipótese. Segundo a Casa Civil, o país não pode assumir o papel de financiar delegações estrangeiras, inclusive de nações mais ricas.

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