O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lançou durante a COP30em Belém, o Programa Florestas Produtivas, que visa apoiar o agricultor familiar a recompor áreas florestais degradadas com espécies produtivas que lhe forneça retorno financeiro.
Para tanto, o cultivo de açaí, cupuaçu, cacau, dendê, copaíba e andiroba serão incentivados. De acordo com o Paulo Teixeira, titular da pasta, a lucratividade do açaí, por exemplo, tem se mostrado até cinco vezes superior do que a da soja.
“Queremos devolver o papel das florestas para a produção de água, chuva, biodiversidade e economia para os agricultores. São espécies que trazem resultado econômico para o agricultor muito maior do que a agricultura de baixa produtividade que, inclusive, levou à degradação de uma parte dessas áreas (que estão degradadas)”, disse Teixeira.
Além disso, o ministro acrescentou que o agricultor também pode recuperar áreas com culturas de ciclo mais curto, a exemplos da banana, do maracujá, abacaxi, da melancia e da abóbora.
O Programa Florestas Produtivas estará ancorado nos recursos que já estão disponíveis ao agricultor familiar, como os do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), somando cerca de R$ 700 milhõesjuros de 0,5% e descontos de até 40% na aquisição de determinados maquinários.
Exemplo disso é a compra do Açaí Bolt, robô que escala o açaizeiro e que custa em torno de R$ 19 mil. Se adquirido com recursos do Pronaf, seu preço cai para R$ 12 mil. “O resultado da colheita do açaí dará ao produtor a oportunidade de pagar rapidamente esse financiamento. O MDA tem buscado investir via Finep, Embrapa e CNPQ para que o agricultor tenha maneiras de diminuir a penosidade de seu trabalho”, destacou Teixeira.
O ministro enxerga no fomento à tecnologia e também no estabelecimento de cooperativas e agroindústrias na região Norte do país os elementos capazes de manter o jovem no campo e, assim, dar continuidade à sucessão familiar.
“Estamos enviando ao Congresso Nacional uma proposta de um sistema único de assistência técnica e extensão rural que fortaleça as empresas estaduais de assistência técnica e ajude a ter uma transmissão de conhecimento por parte da Embrapa e das universidades para o ambiente da agricultura familiar”, complementou.














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