terça-feira , 16 dezembro 2025
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IBC-Br: Prévia do PIB recua 0,2% em setembro

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A atividade econômica brasileira recuou em setembro, segundo o Banco Central. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou queda de 0,2% frente ao mês anterior, já considerando os ajustes sazonais. No terceiro trimestre, o indicador acumulou baixa de 0,9%.

Apesar do resultado negativo no mês, o desempenho segue positivo na comparação anual. Em relação a setembro do ano passado, o índice avançou 4,9%, sem ajuste, por comparar períodos equivalentes. No acumulado de 2025, o crescimento chega a 14,2%, e, em doze meses, a alta é de 13,5%.

Papel do indicador e impacto da Selic

O IBC-Br é utilizado pelo BC como referência para analisar o ritmo da economia. O índice considera informações da indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O resultado também auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) nas decisões sobre a taxa básica de juros.

A Selic está fixada em 15%, mesmo patamar mantido nas últimas três reuniões. A taxa é o principal instrumento para controlar a inflação. Juros mais altos tendem a restringir o crédito e moderar o consumo, reduzindo pressões de preços, mas também limitam a expansão das atividades produtivas. Quando a Selic cai, o crédito costuma ficar mais acessível, estimulando consumo e investimento.

O BC informou que ainda vê incertezas no cenário internacional, especialmente por causa da política econômica dos Estados Unidos. No diagnóstico da autarquia, a inflação brasileira permanece acima da meta, mesmo com a desaceleração da atividade. O quadro indica que os juros devem permanecer elevados por mais tempo e, se necessário, podem voltar a subir.

Inflação desacelera, mas segue acima da meta

A inflação medida pelo IPCA encerrou outubro em 0,09%, influenciada pela queda no custo da energia elétrica. É o menor resultado para o mês desde 1998. Em doze meses, o índice acumula 4,68%, abaixo de cinco por cento após oito meses, mas ainda acima do teto da meta, de 4,5%.

A combinação entre inflação mais baixa e ritmo econômico menor contribuiu para a manutenção da Selic neste início de mês. Segundo o Copom, novos ajustes podem ocorrer caso a dinâmica dos preços volte a pressionar.

IBC-Br e PIB: indicadores distintos

O IBC-Br tem metodologia diferente do Produto Interno Bruto (PIB), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O BC ressalta que o índice não funciona como prévia do PIB, embora ajude na formulação da política monetária.

No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,4%, impulsionado pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, a economia brasileira acumulou avanço de 3,4%, o quarto ano consecutivo de crescimento.

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